Com esta ação, Naderev Sano quer que se tomem medidas urgentes para travar o aquecimento global e assim evitar tufões como o Haiyan, que fez pelo menos 10 mil mortos nas Filipinas.
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O delegado filipino à Cimeira do Clima, que se está a realizar em Varsóvia, anunciou que irá jejuar até ao último dia dos trabalhos, esperando que sejam tomadas ações concretas no comunicado final para travar as alterações climáticas.
Um membro da uma rede ecológica do Sri Lanka indicou, entretanto, que muitos ativistas já se solidarizaram com este gesto de Naderev Sano, que é para manter até existirem ações políticas reais nesta cimeira que se realiza na capital polaca.
Entre as cerca de cem pessoas, de 20 organizações não governamentais, que se associaram a este gesto e que também vão jejuar está Wael Hmaidan, diretor da Rede para a Ação Climática (CAN), e que já está há um dia sem comer.
«Ainda consigo ver tudo bem e consigo articular os meus pensamentos para esta intervenção. Mas não será apenas esta iniciativa, haverá outras durante a próxima semana, onde a sociedade civil irá colocar o dedo na ferida perante a inação neste processo negocial», recordou.
Hmaidan lembrou também que o mais importante não são os números, mas a «forma como isto pode levar a uma mudança na maneira de atuar e pressionar os ministros que chegam na próxima semana».
«Não podemos ter o mesmo tipo de retórica que tivemos nas intervenções de ontem. Precisamos de uma nova ambição», adiantou.
Naderev Sano, que já tinha emocionado os presentes na segunda-feira nesta cimeira, disse entretanto que se sente esmagado com esta demonstração de solidariedade da sociedade civil de todo o mundo, sobretudo dos jovens.
O delegado filipino sublinhou ainda que são necessárias medidas urgentes para travar o aquecimento global e assim evitar desastres naturais como o super tufão Haiyan, que terá feito pelo menos 10 mil mortos só na cidade filipina de Tacloban.