A Comissão Europeia garantiu hoje que a detenção do director-geral do FMI não terá «qualquer impacto» sobre o programa de assistência financeira a Portugal.
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Referindo-se a «títulos alarmistas» na imprensa sobre o possível impacto da detenção de Dominique Strauss-Kahn, em Nova Iorque, sobre os programas de resgate em curso, o porta-voz do comissário europeu dos Assuntos Económicos disse hoje em Bruxelas que a Comissão está «absolutamente confiante que haverá uma continuidade total, não só nas operações, mas também nos processos decisórios do FMI».
«Portanto, que fique claro: esta situação não terá impacto, qualquer que seja, nos programas em curso, para a Grécia e para a Irlanda, nem tão pouco para a decisão que deve ser tomadas nas próximas horas para Portugal», declarou Amadeu Altafaj Tardio.
Reiterando que está «fora de questão que as decisões que estão em curso e os programas que estão a ser aplicados possam ser alterados» devido à situação do director geral do FMI.
Esclarecimentos de Amadeu Altafaj Tardio no dia em que os ministros das Finanças da Zona Euro e da UE deverão aprovar sem dificuldade, em Bruxelas, o programa de ajuda a Portugal, depois de ter sido afastada a ameaça de a Finlândia se opor à decisão.
O acordo político deverá ser alcançado numa reunião, esta tarde às 17h00 (16h00 de Lisboa), dos responsáveis da Zona Euro alargada aos ministros da UE (os 17 anteriores mais dez que não pertencem à Zona Euro).