Em Madrid, cerca de 20 mil pessoas exigiram a realização deste referendo no dia em que o rei Juan Carlos abdicou. Em Barcelona, os protestos concentraram-se na Praça da Catalunha, onde se puderam ver bandeiras da II República.
Corpo do artigo
Dezenas de milhares de pessoas concentraram-se, esta segunda-feira, em vários locais de Espanha a exigir um referendo sobre a monarquia, em particular em Madrid e Barcelona, no dia em que o rei Juan Carlos anunciou que abdicava em favor do filho.
Na capital espanhola, segundo fontes policiais, mais de 20 mil pessoas concentraram-se na Porta do Sol e nas ruas de acesso ao ponto que se tornou famoso como palco dos protestos da cidadania espanhola.
«Espanha, mañana, será republicana», foi uma das frases que mais se ouviu neste local emblemático de Madrid, onde se podia ler em vários cartazes «referendo já».
Em Barcelona, milhares de pessoas concentraram-se na Praça da Catalunha, onde se puderam ver bandeiras da II República (vermelhas, amarelas e roxas) e bandeiras independentistas catalãs e cartazes a favor da independência desta região.
A imprensa catalã defende que a sucessão do rei Juan Carlos para o filho, o príncipe Felipe, em nada altera a consulta popular na região prevista para 9 de novembro.
Numa edição especial, o jornal La Vanguardia, que titula «clima de renovação», fala numa «nova era» e no começo de uma «nova etapa decisiva para o futuro».
Outro jornal catalão antecipa novas tensões políticas na região e defende consensos para que a decisão de Juan Carlos seja o princípio de uma nova etapa de concórdia.