Dominique Strauss-Kahn demitiu-se, através de carta, do cargo de director-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), na sequência da acusação de tentativa de violação.
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Num comunicado difundido esta quinta-feira, o FMI anunciou que Dominique Strauss-Kahn apresentou a sua demissão à direcção da instituição financeira com sede em Washington.
Em cinco breves parágrafos, Strauss Kahn volta a negar, através de uma carta endereçada ao conselho de administração do FMI, a acusação de tentativa de violação.
«É com infinita tristeza que me sinto obrigado a apresentar ao conselho de administração a demissão do cargo de Director-geral do FMI», escreve.
No documento, assinado pelo próprio e que está disponível no site do FMI, o francês justifica que quer «proteger a instituição», que serviu com «honra e devoção» e «dedicar toda a força, tempo e energia a provar que está inocente».
«A todos», sublinha Strauss-Kahn, «quero dizer que nego com a maior firmeza possível todas as alegações que foram feitas contra mim».
O FMI diz, em comunicado, que num futuro próximo o conselho de administração anunciará o nome do próximo director-geral. Entretanto, John Lipsky continuará interinamente a assumir esse cargo.
Strauss-Kahn liderava o FMI desde Novembro de 2007 e o mandato terminava no próximo ano. No entanto, a detenção por alegado ataque sexual a uma empregada de um hotel em Nova Iorque levou ao fim prematuro das funções.
Esta quinta-feira, o político francês, que está detido na prisão de Rikers Island, será pela segunda vez presente a tribunal. Os advogados irão propor a prisão domiciliária e o pagamento de uma fiança de aproximadamente 700 mil euros.
Recorde-se que Strauss-Kahn está detido por a juíza Melissa Jackson ter considerado a existência de um perigo de fuga quando pendem sobre o responsável do FMI sete acusações de de violação e agressão sexual a uma empregada do hotel onde estava instalado.