O líder do partido maioritário em França (UMP), Jean-François Copé, declarou hoje que a sucessão de Dominique Strauss-Kahn na chefia do Fundo Monetário Internacional (FMI) deve ser «resolvida nos próximos dias».
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Questionado pelos jornalistas sobre o futuro de Dominique Strauss-Kahn à frente da instituição, Copé afirmou: «Não vejo como possa exercer as funções de director-geral do FMI. Portanto, por definição, esta questão deverá ser resolvida nos próximos dias».
A UMP (União para um Movimento Popular) é o partido do presidente francês, Nicolas Sarkozy, que pediu terça-feira «dignidade» na preparação das presidenciais de 2012, mostrando-se satisfeito com a contenção nas reacções ao escândalo que atinge o socialista Strauss-Kahn.
Até ao momento, a sucessão de Strauss-Kahn, detido preventivamente nos EUA por tentativa de violação, não foi oficialmente aberta.
Também o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, William Hague, considerou hoje que Strauss-Kahn «deverá tomar uma decisão sobre o futuro», acrescentando que o FMI deve funcionar «eficazmente».
Sobre a possível demissão do director-geral do FMI, cujo mandato corria até 2012, Hague respondeu que o governo britânico «ainda não tem uma posição» sobre o assunto.
Strauss-Kahn, que era considerado um dos principais candidatos à eleição presidencial em França no próximo ano, foi detido e acusado de tentativa de violação de uma empregada de um hotel de Nova Iorque no sábado, durante uma viagem privada. Actualmente está detido preventivamente nos EUA.