Desde sábado que já morreram 12 pessoas nos protestos contra o poder dos militares no Egipto. Os manifestantes acamparam na Praça Tahrir, no Cairo, e foram alvo de cargas policiais.
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Esta noite foi a terceira consecutiva de acompamentos de protesto. É na praça do Cairo que estão a confluir as várias facções do descontantamento contra os militares que governam o Egipto.
Durante o fim-de-semana, foram disparadas granadas de gás lacrimogénio e usados bastões contra os manifestantes.
Estas cargas policiais mereceram a condenação interna das figuras mais alinhadas com a oposição ao tempo de Hosni Mubarak e também fora de portas, em concreto das diplomacias britânica e da União Europeia.
Os protestos são contra o adiamento indefinido da eleição presidencial que torna pouco relevantes as eleições legislativas da próxima segunda-feira.
Na prática, os egípcios vão eleger o Parlamento, mas os poderes essenciais vão ficar nas mãos dos militares até ao final de 2012 ou mesmo até 2013.
O exército já negou qualquer intenção de se perpetuar no poder, mas os manifestantes não acreditam nas intenções dos militares.
A uma semana das eleições, as sondagens apontam para uma vitória dos islamistas com cerca de 40 por cento das intenções de voto.