"É o 11 de setembro de Israel." Representante de Israel na ONU pede a Conselho de Segurança que condene "atrocidade inimaginável"
O representante de Israel defende que acabou a "era de tentar negociar com estes selvagens".
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Antes da reunião do Conselho de Segurança da ONU, Gilad Erdan, representante permanente de Israel na ONU, em Nova Iorque, mostrou como Israel sofreu, nos últimos dois dias, centenas de mortes após o ataque do Hamas. Recorrendo a imagens e vídeos que mostram "civis e inocentes" abatidos nas ruas, o responsável afirmou que "isto é o 11 de setembro de Israel".
"Israel fará tudo o que puder para trazer para casa os seus filhos e filhas. Estou certo de que isto foi feito por uma razão. Hoje muitos membros da comunidade internacional estão a apoiar Israel, mas a comunidade internacional e as Nações Unidas têm uma memória curta no que diz respeito a Israel. O terror que sofremos torna-se rapidamente uma nota de rodapé, mas desta vez não será assim. Não vamos deixar que o mundo esqueça as atrocidades que o nosso país sofreu. Quero que todos se lembrem do sadismo que Israel sofre agora com esta guerra", garantiu Gilad Erdan.
O representante de Israel defende que acabou a "era de tentar negociar com estes selvagens".
"É altura de os erradicar completamente para que tais horrores não se voltem a repetir. A comunidade tem de dar a Israel todo o seu apoio. Esta é uma guerra contra o mundo livre, contra a civilização. Se não formos bem sucedidos, todo o mundo irá pagar o preço", sublinhou representante permanente de Israel na ONU.
Ao Conselho de Segurança da ONU deixa apenas uma exigência: condenar esta "atrocidade inimaginável".
"Israel fará com que o Hamas pague o preço para que aquilo que testemunhámos não se volte a repetir. Ontem assistimos a centenas de judeus a serem massacrados. Este é o tal momento que nunca mais iria acontecer. Israel irá retaliar e vai prevalecer", acrescentou.
O grupo islâmico Hamas lançou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que batizou como "Espadas de Ferro".
O conflito armado já causou centenas de mortos de ambos os lados e milhares de feridos.