Tripulação da TAP passa por "adversidades típicas de cenário de guerra" em Telavive
O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil revelou que a tripulação já conseguiu sair da cidade.
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O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) afirmou que, no sábado, a tripulação da TAP que fez o voo entre Lisboa e Telavive, em Israel, passou por "adversidades típicas de cenário de guerra", como "recolher ao abrigo após explosões próximas do hotel".
"O SPAC manteve sempre o contacto com a tripulação que estava em Telavive, bem como com a TAP, na pessoa do nosso COO Cmdt. Mário Chaves, o qual após confirmação de estarem reunidas todas as condições de segurança, autorizou a realização de um voo para Telavive, com o objetivo de assegurar o regresso da tripulação que estava em estadia e dos passageiros", pode ler-se no comunicado do sindicato.
A tripulação já está de regresso a Lisboa e o SPAC elogiou a "serenidade e espírito de liderança" do comandante e da tripulação "corajosa e coesa".
"Estamos a acompanhar a operação para Telavive de uma forma muito cuidada e atenta nas próximas semanas", garantem.
A TAP decidiu no sábado cancelar os voos previstos para este domingo e segunda-feira oriundos ou com destino para Telavive devido à situação que se vive em Israel.
Já o voo previsto para sábado realizou-se e o avião partiu do aeroporto de Lisboa com destino a Telavive.
De acordo com a companhia aérea, os passageiros com bilhetes para estes voos cancelados poderão fazer a remarcação dos mesmos sem custos adicionais ou então pedir o reembolso.
O movimento palestiniano Hamas lançou uma ofensiva sem precedentes no sábado, com mais de 700 pessoas mortas em Israel. Mais de 300 foram mortas em Gaza nas operações de retaliação das autoridades israelitas.
Os balanços de vítimas, que incluem também alguns milhares de feridos, vão aumentando enquanto os combates prosseguem. Juntamente com o Gerald R. Ford, as autoridades norte-americanas vão enviar o cruzador USS Normandy, os contratorpedeiros (destroyers) USS Thomas Hudner, USS Ramage, USS Carney e USS Roosevelt, e aumentar a presença de esquadrões de aviões de combate F-35, F-15, F-16 e A-10 na região.
Além disso, a administração Biden "fornecerá rapidamente às forças de defesa de Israel equipamentos e recursos adicionais, incluindo munições", e "a primeira assistência de segurança começará a avançar hoje e chegará nos próximos dias".