A Amnistia Internacional lançou um apelo para que seja realizada uma investigação «completa e imparcial» aos confrontos dos últimos dias no Egito.
Corpo do artigo
A organização de defesa dos direitos humanos, sedeada em Londres, pretende que especialistas das Nações Unidas sejam autorizados a investigar a crise no Egito.
A Amnistia Internacional constatou no terreno que as forças de segurança fizeram uso de «armas letais injustificadas» e que não respeitaram a promessa de permitir que os feridos fossem retirados em total segurança.
«Segundo os primeiros testemunhos e outros elementos de prova que recolhemos, parece que não há dúvida de que as forças de segurança agiram com grande desrespeito pela vida humana e que é necessário iniciar com urgência investigações completas, independentes e imparciais», declarou o diretor do programa Médio Oriente e Norte de África da Aministia, Philip Luther, citado pela agência AFP.
O responsável observou que, «quando alguns manifestantes recorreram à violência, a resposta das autoridades foi bastante desproporcionada, aparentemente sem distinguir entre manifestantes violentos e não violentos».
«As forças de segurança recorreram à força letal quando não era estritamente necessário para proteger vidas ou evitar ferimentos graves, o que constitui uma violação clara da legislação e das normas internacionais», concluiu.