A ONU pediu hoje uma investigação à ação das forças de segurança no Egito, onde se registam desde quarta-feira confrontos que mataram mais de 500 pessoas.
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O inquérito foi hoje anunciado pela alta comissária da Organização das Nações Unidas (ONU) para os direitos humanos, Navi Pillay, em comunicado divulgado em Genebra, Suíça.
A comissária esclareceu que a ONU quer «uma conduta independente, imparcial, eficaz e credível das forças de segurança».
Navi Pillay destacou que o número de mortos, até hoje, resultantes dos confrontos varia consoante a fonte, e que são cerca de 500 segundo o governo egípcio e dois mil segundo a Irmandade Muçulmana.
«As forças de segurança devem respeitar a lei e agir com respeito pelos direitos humanos, incluindo o direito à liberdade de expressão e o direito de manifestar pacificamente», acrescentou.
A comissária disse ainda que «houve relatos de ataques a edifícios governamentais e a edifícios religiosos por parte de opositores do governo», atos que descreveu como «muito preocupantes».
«Os responsáveis por esses crimes devem ser levados à justiça», defendeu.
A comissária da ONU lamentou «a perda de vidas humanas» e «apelou a todos para encontrarem uma solução para terminar a violência no Egito».
«Peço às autoridades egípcias e às forças de segurança para agirem com a máxima moderação», apelou Navi Pillay.