
Queila Fernandes/AFP (arquivo)
As pessoas a bordo do pequeno barco eram do Senegal, Gâmbia, Guiné-Conacri, Costa do Marfim e Serra Leoa
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Uma pequena embarcação com 248 pessoas de origem subsaariana a bordo, incluindo sete bebés, chegou esta quinta-feira de manhã ao cais de La Restinga, em El Hierro, nas Ilhas Canárias, após uma viagem de sete dias desde a Gâmbia.
Um navio do serviço salvamento escoltou a embarcação, localizado a 2,4 quilómetros da costa, até ao cais de La Restinga.
Segundo informações dos serviços de saúde e de emergência espanhóis, o grupo era composto por 248 pessoas, incluindo 63 mulheres e 32 menores [entre os quais sete bebés].
Os migrantes foram assistidos no porto da ilha de El Hierro pela equipa de resposta a Emergências da Cruz Vermelha (ERIE), pelo serviço de emergência das Canárias (SUC), pelo serviço de segurança portuária de La Restinga, pela guarda civil e pela polícia nacional. Não foi necessário transportar os migrantes para o hospital.
As pessoas a bordo do pequeno barco eram do Senegal, Gâmbia, Guiné-Conacri, Costa do Marfim e Serra Leoa.
Os tripulantes deste barco foram transferidos para o centro de assistência temporária a estrangeiros (CATE) na cidade de San Andrés, no município de Valverde, onde serão assistidos por membros da organização não-governamental Corazón Naranja - Ebrima Sonko.
Também esta quinta-feira, três raparigas, acompanhadas por três adultos, aproveitaram as más condições meteorológicas para nadar até à praia de Tarajal, em Ceuta, tendo partido de uma praia marroquina próxima da fronteira com a cidade espanhola.
Quando chegaram à praia, os polícias confirmaram que o grupo incluía as três menores, uma ocorrência rara neste tipo de travessia ilegal.
As três raparigas serão acolhidas e colocadas sob a tutela do Governo regional espanhol.
Atualmente, Ceuta está a acolher 495 menores não acompanhados, após quase 700 menores terem entrado na cidade este ano, em comparação com os 820 que entraram ilegalmente no mesmo período de 2024.
O governo de Ceuta informou esta quinta-feira que 61 menores marroquinos já abandonaram a cidade autónoma de Ceuta em direção a outras regiões em consequência da crise migratória, causada pela sobrelotação de migrantes nesta cidade espanhola localizada em África.
