A mensagem foi difundida através de um video difundido no YouTube. O Estado Islâmico promete também iniciar «uma guerra de libertação» no Cáucaso russo.
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Depois dos Estados Unidos, o Estado Islâmico vira-se agora para a Rússia.
Os 'jihadistas' do EI difundiram terça-feira no YouTube um vídeo no qual surge um avião de guerra fornecido, segundo afirmam, pela Rússia ao regime do Presidente sírio, Bashar al-Assad.
«É uma mensagem para ti, Vladimir Putin, estes aviões que enviaste a Bashar vamos despachá-los de volta, se Deus quiser», afirma no vídeo um dos 'jihadistas' que se exprime em árabe e com legendas em russo.
«E libertaremos a Chechénia e todo o Cáucaso, se Deus quiser. O teu trono (...) está ameaçado e vai cair quando chegarmos a tua casa», acrescenta o militante do EI.
A ameaça provocou a reação do procurador geral russo que pediu restrições no acesso ao vídeo. Em comunicado, o procurador precisa que foi enviado à Agência russa de vigilância dos 'media' (Roskomnadzor) um pedido de «restrição do acesso» a este vídeo que contém «ameaças de atos terroristas e o desencadeamento de uma guerra no Cáucaso do norte», para além de denunciar o apoio de Moscovo ao regime de Damasco.
Segundo a mesma fonte, também poderá igualmente ser aberto um inquérito por ameaça de ato terrorista e por apelos públicos à violação da integridade territorial da Rússia.
Após a primeira guerra da Chechénia (1994-96), ainda na presidência de Boris Ieltsin, a rebelião conheceu uma progressiva islamização e ultrapassou as fronteiras desta pequena república autónoma da Federação russa, para se tornar a partir de meados da década de 2000 num movimento islamita armado ativo em todo o Cáucaso do norte.
O EI, que proclamou um califado numa vasta região conquistada nos últimos meses na Síria e Iraque, reivindicou a recente decapitação de dois jornalistas norte-americanos, James Foley e Steven Sotloff.
O grupo também ameaçou matar um terceiro refém, um britânico identificado como David Cawthorne Haines.