Os Estados Unidos exigiram na quarta-feira à Coreia do Norte que acabe com as ameaças, depois de os dirigentes de Pyongyang terem anunciado a aprovação de um ataque nuclear aos EUA.
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«Assistimos hoje [quarta-feira] à Coreia do Norte a fazer novas ameaças que não ajudam nem são construtivas», afirmou a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, Caitlin Hayden.
«São mais ameaças numa longa linha de declarações provocatórias que apenas servem para isolar mais a Coreia do Norte do resto da comunidade internacional e minar o seu objetivo de desenvolvimento económico», acrescentou.
«A Coreia do Norte deve acabar com as suas ameaças provocatórias e em vez disso concentrar-se em respeitar as suas obrigações internacionais», insistiu Hayden.
Antes, o Exército Popular da Coreia do Norte emitiu uma declaração, através da agência noticiosa estatal KCNA, em que avisava Washington de que as ameaças norte-americanas poderiam ser «esmagadas por (...) meio de ataque nuclear, pequeno, leve e diversificado».
No texto adiantava-se que «a operação impiedosa das forças armadas revolucionárias [norte-coreanas] a este respeito foi examinado e ratificado».
Ainda na quarta-feira, o Secretário de Estado da Defesa norte-americano, Chuck Hagel, disse que as ameaças e recentes ações por parte da Coreia do Norte representam «um perigo real e claro» para os Estados Unidos, assim como para os seus aliados Coreia do Sul e Japão.
Em março, a Coreia do Norte ameaçou realizar um ataque nuclear «preventivo» contra os Estados Unidos e na passada semana o seu Comando Armado Supremo ordenou que as unidades dos mísseis estratégicos assumissem prontidão de combate.
Os dirigentes de Pyongyang têm realizado com sucesso ensaios nucleares, mas muitos analistas consideram que a Coreia do Norte ainda não é capaz de instalar uma bomba nuclear num míssil balístico capaz de atingir bases ou território dos EUA.