Os EUA pediram ao regime sírio que declare com a maior brevidade a dimensão e as especificidades do seu arsenal químico.
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O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, e o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, reúnem-se hoje para discutir a proposta russa de garantir a destruição do arsenal químico sírio.
«É exequível, mas difícil», disse aos jornalistas um oficial que acompanha Kerry.
Este alto responsável do departamento de Estado norte-americano sublinhou que Washington espera do regime sírio que «declare o mais depressa possível a totalidade do seu arsenal» como demonstração do seu compromisso.
Kerry viaja para Genebra acompanhado de uma numerosa equipa de especialistas em desarmamento, armas químicas e não proliferação do Pentágono, das forças armadas e de outros ministérios norte-americanos.
O objetivo é «ver se de facto há uma via credível para avançar, se os Russos são sérios naquilo que dizem e, mais importante, se Assad é sério naquilo que diz», disse o alto responsável do departamento de Estado.
«Vamos falar com os russos sobre a extensão do problema, sobre as diferentes modalidades de destruição das armas, dos centros de produção, das diversas instalações», acrescentou o responsável.
Antes de partir hoje para Genebra, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo mostrou-se otimista sobre uma solução pacífica para o conflito na Síria: «Ainda resta uma oportunidade para a paz na Síria».
O ministro reiterou que Moscovo saúda a disponibilidade de Damasco para submeter o seu arsenal químico ao controlo internacional para evitar um ataque militar contra a Síria.
O ministro sírio dos Negócios Estrangeiros, Walid al Moallem, disse esta semana que o seu país estava pronto para aderir à Convenção que proíbe as armas químicas e que apoiava um plano russo para colocar as suas armas sob controlo internacional.
No entanto, permanece o ceticismo quanto à seriedade do regime de Bashar Al-Assad sobre a eliminação das suas armas químicas, com a oposição a acusar o Governo de estar apenas a ganhar tempo.
O conflito na Síria já provocou mais de 110 mil mortos desde março de 2011, segundo as Nações Unidas.