O atentado suicida em Damasco que vitimou diversos altos responsáveis sírios demonstra que a violência «está a ficar rapidamente fora de controlo», considerou hoje Leon Panetta, secretário da Defesa dos EUA.
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Ao surgir com Panetta numa conferência de imprensa no Pentágono, o ministro britânico da defesa, Philip Hammond, considerou por sua vez que a escalada de violência demonstra que os rebeldes se sentem encorajados e que o Governo do Presidente Bachar al-Assad «está provavelmente a registar alguma fragmentação interna» enquanto luta para se manter no poder.
«A violência no país apenas está a piorar, e a perda de vidas a aumentar», disse Panetta, «o que significa tratar-se de uma situação que está rapidamente a escapar ao controlo».
O responsável norte-americano disse ainda que a atual situação justifica que a «comunidade internacional exerça o máximo de pressão» para que al-Assad abandone o seu posto e permita uma «transferência estável» do poder.
Hammond disse concordar com as observações de Panetta. «Julgo que estamos perante uma oposição que está encorajada, é claramente uma oposição com um cada vez maior acesso a armamento, e também assistimos provavelmente a alguma fragmentação no regime», sugeriu Hammond.
Panetta e Hammond advertiram ainda o regime sírio para não perder o controlo das suas armas químicas.
«Não vamos tolerar a utilização ou proliferação dessas armas químicas», frisou Hammond.