O presidente do Eurogrupo, Jeroen Djisselbloem, considerou hoje em Sintra que o resultado das eleições para o Parlamento Europeu é uma «mensagem clara» dos eleitores, que «estão a ficar impacientes» e que pedem mais crescimento e emprego.
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O também ministro das Finanças da Holanda falava aos jornalistas à chegada do 'ECB Forum on Central Banking', organizado pelo Banco Central Europeu (BCE), que teve início no domingo e decorre até terça-feira.
«Os resultados são uma mensagem clara e mandatam-nos para alcançar mais resultados a nível de crescimento e de emprego nos próximos anos. As pessoas estão a ficar impacientes em vários países», disse Jeroen Djisselbloem, quando questionado pelos resultados eleitorais.
Um dos países, apontou o presidente do Eurogrupo, é Portugal: «Portugal está muito bem e em alguns aspetos melhor do que esperávamos. O crescimento está a surgir e o desemprego está a começar a descer. Mas o crescimento tem de se tornar forte e temos de dar resposta em termos de crescimento e da criação de emprego. As pessoas estão a ficar impacientes e eu percebo isso», afirmou.
Questionado sobre se o resultado das eleições não seria um "cartão vermelho" à rigidez das reformas económicas, Jeroen Djisselbloem admitiu que «as reformas podem ser desenhadas de forma mais inteligente», mas reafirmou a sua importância.
«Temos de continuar a agenda reformista para nos tornarmos mais competitivos. Se queremos mais crescimento, e precisamos de crescimento para ter emprego, temos de ser mais competitivos - isto aplica-se à maioria dos países da Europa», afirmou.
Quanto à dívida dos países europeus, o presidente do Eurogrupo disse que «a confiança regressou à zona euro e que o crescimento está a surgir», reafirmando a importância de um crescimento forte para criar emprego.
«E, nos próximos anos, vamos conseguir [esse crescimento] e a questão da dívida vai ser resolvida gradualmente. Essa é outra razão pela qual precisamos de um crescimento forte e de medidas que o alavanquem», disse.