O ministro francês do Interior Bernard Cazeneuve garantiu este sábado que os quase 90 mil homens mobilizados por causa dos ataques vão manter-se em alerta total. Foi ainda decidido reforçar o atual dispositivo de proteção antiterrorista com meios adicionais para proteger certas instituições e lugares de culto.
Corpo do artigo
François Hollande reuniu novamente este sábado de manhã o seu gabinete de crise para tratar das medidas de segurança em curso no país e preparar a manifestação contra o terrorismo prevista para domingo em Paris.
À saída, Bernard Cazeneuve prometeu que a França não vai baixar a guarda: «Vamos manter a mobilização da totalidade do dispositivo que foi convocado pelo governo nos últimos dias - 88 mil homens - e que vamos reforçar para assegurar a proteção de algumas instituições e de lugares de culto».
De acordo com Cazeneuve, o Presidente francês e o primeiro-ministro autorizaram um primeiro reforço de 320 militares, que se pode ampliar nas próximas horas, à medida do que for necessário.
«Meios suplementares do Ministério da Defesa serão mobilizados nas próximas horas de acordo com aquilo que for definido pelos regentes de zona de defesa e depois de um análise muito fina da situação permitindo mobilizar um dispositivo adaptado», disse.
Sobre a manifestação de domingo em Paris contra o terrorismo, que reunirá vários líderes políticos europeus, o ministro Bernard Cazeneuve disse que foram tomadas todas as medidas para garantir a segurança do evento.
«Todas as medidas estão a ser tomadas para que a manifestação possa decorrer em tranquilidade, respeito e segurança», afirmou.
O gabinete de crise esteve reunido esta manhã no Palácio do Eliseu, sede da presidência francesa, e nele participaram François Hollande, o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, e os ministros do Interior, da Defesa, Justiça e da Cultura.
Tratou-se da quarta reunião do gabinete de crise desde o atentado terrorista de quarta-feira contra o semanário Charlie Hebdo, que causou 12 mortos. Os dois suspeitos deste atentado morreram na sexta-feira durante a operação policial.
Integram ainda o gabinete de crise os responsáveis dos principais serviços de segurança do país, que mobilizaram mais de 88 mil efetivos para capturar os suspeitos do atentado.