Em várias cidades espanholas, cerca de 58 mil pessoas violaram a ordem da comissão eleitoral. O número foi confirmado pelo ministério espanhol do Interior.
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A informação foi divulgada depois de uma reunião que o ministério do Interior manteve hoje para analisar as concentrações em curso, com especial destaque para a de Puerta del Sol, em Madrid.
Nesse encontro, presidido pelo ministro do Interior, Alfredo Pérez Rubalcaba, foi ainda discutido o dispositivo de segurança activado à volta das concentrações contra a situação financeira social e o desemprego e para o acto eleitoral de domingo.
O ministro tinha garantido sexta-feira que as forças policiais aplicariam «as leis em vigor», escusando-se a confirmar se a polícia iria dispersar os manifestantes.
O protesto entrou oficialmente na ilegalidade às 00h00 deste sábado, determinada pela Junta Eleitoral Central, mas não houve qualquer acção policial para retirar os manifestantes da Puerta del Sol.
Milhares de pessoas pernoitaram e permanecem hoje concentradas em praças em vários pontos de Espanha, com destaque para Madrid, Barcelona e Sevilha, em protestos pacíficos que as autoridades não vão impedir.
Apesar das concentrações terem sido declaradas ilegais tanto hoje, dia de reflexão, como domingo, dia das eleições regionais e municipais, milhares de pessoas desafiaram essa decisão.
Entretanto, a Confederação do Comércio de Madrid anunciou hoje em comunicado que as lojas da zona do centro de Madrid registaram perdas de 70 por cento sexta-feira e de entre 30 e 40 por cento na última semana como consequência da concentração na Puerta del Sol.
A confederação explicou que muitos dos comerciantes optaram por não abrir as lojas no domingo, apesar da lei em vigor permitir que as lojas do centro de Madrid abram todos os dias.