O presidente francês e a chanceler alemã anunciaram, esta noite em Cannes, que Atenas não receberá mais ajuda financeira até que decida se quer continuar na Zona Euro.
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Após uma reunião entre dirigentes do Fundo Monetário Internacional (FMI) e os líderes francês, alemão e grego, Sarkozy afirmou ainda que o processo de adopção do plano, decidido na semana passada em Bruxelas, será acelerado.
«Dissemos claramente às autoridades gregas, à maioria, mas também à oposição, que os europeus e o FMI só poderão atribuir a sexta tranche do programa de ajuda financeira à Grécia quando a Grécia adoptar o acordo de 27 de Outubro e quando qualquer incerteza relativa ao referendo seja levantada», afirmou Sarkozy, em conferência de imprensa conjunta com a chanceler alemã, Angela Merkel.
«A Grécia quer ou não continuar na Zona Euro?», interrogou o presidente francês. «Nós esperamos que sim, [mas] é sobre esta questão [que o povo grego] vai pronunciar-se, caso seja organizado um referendo», acrescentou, lançando um apelo para que seja «rapidamente» alcançado «um consenso político».
Atenas surpreendeu a Europa e os mercados financeiros na segunda-feira, ao anunciar a realização de um referendo sobre o plano europeu de resgate do país, de oito mil milhões de euros, que reduz em cerca de um terço a dívida helénica.
Um porta-voz do governo de Atenas, citado pelo diário Ta Nea, afirmou que o referendo anunciado pelo primeiro-ministro grego será centrado no plano de resgate financeiro, e não sobre a permanência da Grécia no euro, disse hoje um porta-voz do governo de Atenas.
«Não se tratará disso [da permanência da Grécia na Zona Euro], mas será sobre o plano de resgate» disse o porta-voz governamental, Angelos Tolkas.