Pouco depois, as Forças Armadas israelitas anunciaram que "11 reféns estão a caminho de território israelita, de acordo com informações recebidas da Cruz Vermelha".
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O grupo islamista Hamas anunciou que recebeu a lista de prisioneiros palestinianos que serão libertados esta segunda-feira por Israel no âmbito de um acordo que prevê também a libertação de 11 reféns mantidos em cativeiro na Faixa de Gaza.
"O Movimento de Resistência Islâmica Hamas anuncia que recebeu uma lista de prisioneiros que serão libertados hoje das prisões do inimigo sionista", disse o grupo numa mensagem publicada no Telegram, detalhando que se trata de três mulheres e 30 menores.
Pouco depois, as Forças Armadas israelitas (IDF) anunciaram que "11 reféns estão a caminho de território israelita, de acordo com informações recebidas da Cruz Vermelha".
Antes, a diretora do Serviço de Informação do Estado do Egito, Diaa Rashwan, indicou numa nota que a troca de hoje ocorrerá "nas próximas horas", depois de ter sido ultrapassada uma série de obstáculos para implementar a troca.
A nota não forneceu mais informações sobre os obstáculos em causa, mas avançou que o processo de troca de reféns incluirá "11 israelitas em troca de 33 palestinianos".
Esta será a quarta troca de prisioneiros após a entrada em vigor, na sexta-feira, do acordo entre Israel e o Hamas, que inclui uma trégua de quatro dias e a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.
Nos primeiros três dias desde o início do entendimento, já foram libertados 58 reféns mantidos em cativeiro na Faixa de Gaza e 117 palestinianos que estavam em prisões israelitas.
Este acordo foi hoje prorrogado por mais dois dias, conforme anunciado tanto pelo grupo islamita como pelo governo do Qatar, um dos mediadores juntamente com o Egito e os Estados Unidos.
O Serviço Prisional Israelita explicou que os presos a libertar hoje serão transferidos para a prisão de Ofer, perto da cidade de Betunia, na Cisjordânia, e de lá serão levados pela Cruz Vermelha para diferentes postos de controlos militares israelitas.
Este mecanismo surge depois de terem sido registados incidentes durante os quais vários palestinianos que foram testemunhar as libertações sofreram ferimentos tanto por tiros disparados pelas forças de segurança israelitas como pelo gás lacrimogéneo utilizado para os dispersar.
Israel declarou guerra ao Hamas em 7 de outubro, na sequência de um ataque do grupo islâmico, que incluiu o lançamento de mais de quatro mil rockets e a infiltração de perto de 3.000 militantes, que mataram cerca de 1200 pessoas e raptaram mais de 240 em comunidades israelitas próximas da Faixa de Gaza.
Desde então, as forças aéreas, navais e terrestres de Israel contra-atacaram no enclave palestino, onde mais de 15 mil pessoas já morreram, segundo as autoridades da Faixa de Gaza, controlada desde 2007 pelo Hamas, a maioria delas crianças e mulheres, e estima-se que mais de sete mil pessoas estejam desaparecidas sob os escombros.