Esta segunda-feira, estará ainda previsto, em troca, a libertação de 33 prisioneiros palestinianos, dos quais três mulheres e 30 menores.
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As autoridades israelitas confirmaram que mais 11 reféns foram libertados esta segunda-feira pelo Hamas, estando agora a caminho de Israel. O Catar adianta ainda que entre os libertados estão cidadãos franceses, alemães e argentinos.
"Os [detidos] libertados das prisões israelitas incluem 30 menores e três mulheres, enquanto os israelitas libertados de Gaza incluem três cidadãos franceses, dois cidadãos alemães e seis cidadãos argentinos", declarou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Qatar, Majed Al-Ansari, no X, antigo Twitter.
Os onze reféns israelitas sequestrados em 7 de outubro durante o ataque do Hamas a comunidades junto da Faixa de Gaza estava segunda-feira à noite a caminho de Israel, informou o Exército de Telavive em comunicado, citando informações do Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV).
Esta será a quarta troca de prisioneiros após a entrada em vigor, na sexta-feira, do acordo entre Israel e o Hamas, que inclui uma trégua de quatro dias e a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.
Nos primeiros três dias desde o início do entendimento, já foram libertados 58 reféns mantidos em cativeiro na Faixa de Gaza e 117 palestinianos que estavam em prisões israelitas.
Este acordo foi esta segunda-feira prorrogado por mais dois dias, conforme anunciado tanto pelo grupo islamita como pelo governo do Qatar, um dos mediadores juntamente com o Egito e os Estados Unidos.
O Serviço Prisional Israelita explicou que os presos a libertar hoje serão transferidos para a prisão de Ofer, perto da cidade de Betunia, na Cisjordânia, e de lá serão levados pela Cruz Vermelha para diferentes postos de controlos militares israelitas.
Este mecanismo surge depois de terem sido registados incidentes durante os quais vários palestinianos que foram testemunhar as libertações sofreram ferimentos tanto por tiros disparados pelas forças de segurança israelitas como pelo gás lacrimogéneo utilizado para os dispersar.
Israel declarou guerra ao Hamas em 7 de outubro, na sequência de um ataque do grupo islâmico, que incluiu o lançamento de mais de quatro mil rockets e a infiltração de perto de três mil militantes, que mataram cerca de 1200 pessoas e raptaram mais de 240 em comunidades israelitas próximas da Faixa de Gaza.
Desde então, as forças aéreas, navais e terrestres de Israel contra-atacaram no enclave palestino, onde mais de 15 mil pessoas já morreram, segundo as autoridades da Faixa de Gaza, controlada desde 2007 pelo Hamas, a maioria delas crianças e mulheres, e estima-se que mais de sete mil pessoas estejam desaparecidas sob os escombros.