Vinte e sete dias consecutivos de bombardeamentos em Homs fizeram pelo menos 700 mortos e milhares de feridos, anunciou a organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch.
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Em comunicado, a organização apelou ao Conselho de Segurança da ONU para que adote uma resolução exigindo ao regime «o fim do bombardeamento indiscriminado de cidades» e autorização para «a entrega de ajuda humanitária e para a passagem segura de civis e de feridos».
Segundo testemunhos de jornalistas e de residentes que fugiram da cidade, a HRW afirma que os bombardeamentos sobre o bairro de Baba Amr começam todos os dias cerca das 06:30 e prolongam-se até ao pôr do sol.
Entre as munições usadas, segundo a organização, figuram morteiros de fabrico russo de 240 mm, desenhados para «demolir fortificações».
Uma jornalista relatou ter «contado 200 explosões em duas horas, no dia 06 de fevereiro. Outro jornalista contou 55 explosões em 15 minutos no dia 16 de fevereiro», segundo a HRW.
«Os bombardeamentos fizeram tantos estragos que todas as pessoas que encontrávamos dentro de edifícios atingidos estava em bocados. Encontrei uma mãe em Inshaat (norte de Baba Amr) cortada ao meio e sem cabeça», relatou um elemento da oposição ferido à HRW.
A Cruz Vermelha está em negociações há vários dias com o regime para entrar em Homs, mas até ao momento não obteve autorização.