A Cruz Vermelha Internacional mantém a pressão sobre o regime sírio para conseguir entrar no bairro de Baba Amr em Homs. As autoridades sírias continuam a bloquear o auxilio humanitário.
Corpo do artigo
Uma situação «crítica, intolerável, inaceitável». As Nações Unidas criticam, assim, a decisão da Síria de impedir a chegada da ajuda humanitária ao bairro de Baba Amr.
Desde sexta-feira, sete camiões carregados com comida e várias ambulâncias da Cruz Vermelha estão parados na cidade de Homs, à espera de luz verde para entrar no bairro mais atingido pelos bombardeamentos.
A Síria alega razões de segurança, considerando que é preciso, primeiro, retirar as minas e armadilhas de Baba Amr. Porém, os ativistas da oposição desconfiam que a demora se deve à tentativa do regime em esconder os cadáveres que terão sido alvo de execuções sumárias.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, denunciou ontem relatos de torturas e homicídios, depois dos rebeldes terem saído, na quinta-feira, de Baba Amr.
Todos os rapazes com mais de onze anos terão sido presos e levados para o edificio da cooperativa local, que foi transformado num centro de detenção.
O bairro de Baba Amr está sem eletricidade, com escassez de comida, água e medicamentos. A alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Nave Pillay, fala numa situação «dramática».
A Cruz Vermelha já propôs um cessar-fogo de duas horas por dia, para fazer chegar a ajuda humanitária, mas a urgência continua bloqueada pelo regime sírio.
Entretanto, em declarações à TSF, um habitante de Homs, Sami Ibrahim, revelou que a ajuda humanitária continua parada.