A Human Rights Watch (HRW) exige um inquérito transparente sobre o que suspeita ser uma execução em massa num hotel da cidade líbia de Sirte, terra natal de Muammar Kadhafi.
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A organização de defesa dos direitos humanos disse, esta segunda-feira, pela voz de Peter Bouckaert, ter encontrado «53 corpos em decomposição», muitos com as mãos atadas atrás das costas.
A Human Rights Watch suspeita que estas pessoas eram apoiantes de Muammar Khadafi e acredita que as mortes ocorreram entre 14 e 19 de Outubro.
«Este massacre parece ser parte de uma série de assassinatos, saques e outros abusos cometidos por combatentes armados anti-Kadhafi que se consideram acima da lei», disse Bouckaert.
Neste sentido, apelou ao Conselho Nacional de Transição (CNT) para «conduzir imediatamente uma investigação transparente sobre o que parece ser uma execução em massa e para levar os responsáveis à justiça».
«Se o CNT não investigar o crime, será sinal de que aqueles que lutaram contra Kadhafi podem fazer qualquer coisa sem receio de repressão», alertou.
Ahmad Sharif, um veterano do CNT, justificou que os homens de Kadhafi executaram prisioneiros antes de partir.
A Human Rights Watch relatou ainda ter visto, noutra área de Sirte, dez corpos de pessoas aparentemente executadas.
Os cadáveres foram jogados num tanque de água, avançou a organização, que não sabe que lado terá sido responsável por estes assassinatos.