Os organizadores da participação irlandesa na frota humanitária que vai levar ajuda a Gaza acusaram, esta quinta-feira, Israel de ser o principal suspeito da sabotagem de um navio irlandês.
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Os activistas garantem que a embarcação foi alvo de uma sabotagem profissional e concentram a suspeita em Telavive.
O navio, cujo nome significa liberdade em gaélico, esteve durante várias semanas ancorado num porto turco e, de acordo com um dos organizadores, se a sabotagem não tivesse sido descoberta a tempo o resultado seria o naufrágio provocando a morte de várias pessoas.
A bordo deste navio deveriam seguir 25 activistas da República da Irlanda e também da Irlanda do Norte, mas com o eixo de transmissão danificado não há viagem possível.
Numa conferência de imprensa em Dublin esta quinta-feira de manhã, os organizadores mostraram imagens desses estragos, revelando que são semelhantes aos de outro navio - também da frota humanitária - mas que estava ancorado na Grécia.
Estas suspeitas de sabotagem já chegaram ao discurso político,
com o partido irlandês Sinn Fein a exigir ao primeiro-ministro que peça explicações ao chefe do governo de Israel.
O Sinn Fein afirmou ainda que se Binyamin Netanyahu não responder ao governo da Irlanda como é de esoerar, Dublin deve exigir a abertura de um inquérito em cooperação com a Turquia.
Ainda esta quarta-feira no Parlamento, o chefe do executivo irlandês alertou Israel contra qualquer acção que possa ferir os activistas da frota humanitária.