A chefe da diplomacia europeia defende que a violência na Faixa de Gaza mostra que é preciso encontrar «uma solução sustentável a longo prazo» de dois Estados, que leve a paz à região.
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Catherine Ashton, que falava hoje à entrada de uma reunião dos chefes de diplomacia dos 27, em Bruxelas, reiterou profunda preocupação com a perda de vidas, e disse ser necessário «prevenir os ataques de 'rockets' a que se tem assistido, e trazer segurança e paz às pessoas daquela região».
A Alta Representante da UE para os Negócios Estrangeiros afirmou que a posição europeia enquadra-se «naquilo que a UE tem consistentemente defendido», de «uma solução de dois Estados» que ponha fim ao conflito entre israelitas e palestinianos.
Só no domingo, 31 palestinianos morreram na sequência de ataques israelitas, naquele que foi o dia mais mortífero da ofensiva israelita.
Desde o arranque, na quarta-feira, da ofensiva israelita contra Gaza, como "resposta" ao lançamento de foguetes pelo Hamas contra território de Israel, 83 pessoas morreram, incluindo 80 palestinianos, a maioria dos quais civis, e três israelitas.
Do lado israelita, pelo quarto dia consecutivo, soaram sirenes de alerta em Telavive, com a polícia a anunciar que dois "rockets" foram intercetados pelo sistema antimíssil "Iron Dome".
Pelo menos 846 "rockets" foram disparados desde quarta-feira contra Israel, dos quais 302 foram intercetados pelo sistema "Iron Dome", segundo dados tornados públicos no domingo pelo exército israelita, que anunciou ter mobilizado milhares de reservistas e colocado veículos blindados junto à faixa de Gaza.
Portugal está representado na reunião de hoje, em Bruxelas, pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas.