O presidente francês acredita que a morte de dois jornalistas, um norte-americano e um francês, esta quarta-feira em Homs, mostra que o atual presidente sírio, Bashar al-Assad, deve sair.
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Nicolas Sarkozy apresentou as condolências às famílias dos dois jornalistas, recordou que recentemente um operador de câmara também faleceu e frisou que estas situações demonstram como a profissão de jornalista «pode ser difícil e perigosa».
Isto revela que o regime tem de sair e que não há «nenhuma razão para que os sírios não tenham o direito de viver as suas vidas e de escolher livremente o seu destino», defendeu.
«Na sequência de informações provenientes de Homs, segundo as quais um grupo de jornalistas terá sido vítima de bombardeamentos, peço ao Governo sírio o fim imediato dos ataques e o devido respeito pelas obrigações humanitárias», afirmou o ministro Alain Juppé em comunicado.
«Pedi à nossa embaixada em Damasco para exigir às autoridades sírias um acesso em segurança para levar ajuda às vítimas com o apoio do Comité Internacional da Cruz Vermelha», afirmou o ministro Alain Juppé em comunicado.
«Pedi ao meu chefe de gabinete para convocar a embaixadora da Síria em Paris para lhe comunicar estas exigência e lembrar-lhe o caráter intolerável do comportamento do Governo sírio», acrescentou.
Segundo o ministro da Cultura francês, Frédéric Mitterrand, os dois jornalistas mortos «foram perseguidos quando tentavam escapar aos bombardeamentos».
Um ativista pró-democracia disse à France Presse que a jornalista norte-americana Marie Colvin, que trabalhava para o Sunday Times, e o repórter fotográfico francês Rémi Ochlik foram mortos em bombardeamentos contra o centro de imprensa do bairro de Baba Amr.
Três ou quatro outros jornalistas estrangeiros ficaram feridos, incluindo a francesa Edith Bouvier, do Figaro, indicou o jornal francês.