O debate da moção de censura à Comissão Europeia após o escândalo "LuxLeaks" marca o arranque da sessão plenária do Parlamento Europeu, em que Juncker apresentará o plano de investimento de 300 mil milhões de euros.
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Jean-Claude Juncker segue hoje os passos de Durão Barroso, e tal como o português fez em 2005, quando foi confrontado com uma moção de censura, também hoje o luxemburguês apresenta-se com a totalidade do executivo que compõe o colégio de comissários, perante o Parlamento Europeu, em Estrasburgo.
Perante o caso "LuxLeaks" que veio a público descrevendo práticas fiscais agressivas no Luxemburgo, que permitiram a fuga, de centenas de empresas, ao pagamento de impostos, nos países em que estão sediadas, durante os anos em que o agora presidente da Comissão Europeia foi primeiro-ministro do grão-ducado, os deputados da esquerda avançaram com os procedimentos para apresentarem uma moção de censura, mas falharam, não conseguido o número de assinaturas necessário. Acabou por ser extrema direita a avançar com a moção de censura a Jean-Claude Juncker.
Entre os eurodeputados portugueses, há quem classifique tal iniciativa de puro oportunismo ou de moção de censura contra Europa. PSD, PS e CDS vão rejeitar a moção. O PCP ainda está a ponderar. O Bloco de Esquerda não rejeitará iniciativa da extrema direita, abstendo-se para que a rejeição não fosse encarada como um voto de confiança em Juncker.