O novo mediador da ONU e Liga Árabe quer saber o mais rápido possível com que apoio conta para a missão na Síria, prometendo fazer o melhor numa situação «absolutamente horrível».
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Lakhdar Brahimi, um diplomata experiente ex-ministro argelino dos Negócios Estrangeiros tem para já uma prioridade: quer saber também com que apoio pode contar por parte das Nações Unidas isto depois de Kofi Annan se ter queixado de falta de apoio e das divisões dentro da organização.
A lista de perguntas já está feita e Lakhdar Brahimi avisa que tem muitas questões para os conselheiros das Nações Unidas, em Nova Iorque.
O sucessor de Kofi Annan para o conflito sírio quer saber como é que que o processo de mediação vai ser organizado, como é que vão decorrer as negociações e que tipo de plano vai ser posto em prática.
Ao telefone com a Reuters a partir de Paris, Lakhdar Brahimi deixou claro que quer saber "preto no branco" com que apoio pode contar por parte das Nações Unidas para avançar nesta missão.
Ao canal de televisão France 24, o diplomata argelino desenvolve um pouco mais este ponto e avisa que vai ter uma conversa muito séria com o Conselho de Segurança da ONU porque se os conselheiros de Nova Iorque lhe pediram para assumir o papel de mediador têm agora de apoiá-lo.
Caso contrário, acrescenta Brahimi, trabalho não vai poder ser feito.
Lakhdar Brahimi confessa que refletiu sobre os problemas que Kofi Annan enfrentou na missão de negociar uma solução pacífica para a Síria.
Na linguagem diplomática Brahimi diz que tem consciência da forte divisão que existe no Conselho de Segurança, mas numa altura em que a violência não para de crescer na Síria o novo mediador acredita que é possível chegar a um consenso e encontrar uma solução.