O 'rapper' luso-angolano, condenado por atos preparatórios para uma rebelião, aceitou ser tratado a uma infeção por malária.
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Luaty foi transferido na noite de sexta-feira para as enfermarias de um hospital-prisão de Luanda e já começou a ser tratado a uma infeção por malária.
A informação foi prestada, á agência Lusa, por Menezes Kassoma, porta-voz dos Serviços Penitenciários de Angola, dando conta que o ativista - que protesta contra a transferência para o Hospital-Prisão de São Paulo - aceitou fazer a medicação antimalárica fornecida pela família.
Além disso, acrescentou, aceitou igualmente receber soro, assegurado pelos Serviços Penitenciários.
A mesma informação foi confirmada à Lusa pela esposa do ativista, Mónica Almeida, acrescentando que durante o dia de sexta-feira o estado de saúde de Luaty Beirão chegou a ser "crítico", com "febres altas" e recusando, em protesto, receber a medicação contra a malária fornecida pelos Serviços Penitenciários, infeção que lhe foi diagnosticada durante a semana.
A malária é a principal causa de morte em Angola e desde o início do ano estima-se que mais de 400.000 pessoas tenham sido afetadas pela doença só na província de Luanda.
Até sexta-feira, já com a infeção diagnosticada, Luaty Beirão mantinha-se seminu a dormir no chão da cela daquele hospital-prisão no centro de Luanda, exigindo regressar a uma caserna "exclusiva para presos políticos" em Viana, arredores de Luanda, como diz em que estava até 04 de maio.