A Irmandade Muçulmana nomeou hoje Mahmud Ezzat como novo guia espiritual da organização após a prisão de Mohamed Badia no Cairo, informou a televisão estatal egípcia.
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Mohamed Badia, que se encontrava escondido desde julho, foi detido no bairro Nasser no centro do Cairo, perto da praça Rabaa al-Adawiya onde estiveram acampados os milhares de apoiantes do ex-presidente Mohamed Morsi, deposto pelos militares no dia 3 de julho.
Mohamed Badia encontrava-se no interior de um apartamento na companhia de Talaf Yousef, membro da organização religiosa que também foi preso pelas forças de segurança.
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Na operação de detenção participaram unidades especiais das forças de segurança, além da polícia, que ocuparam a zona e impediram o acesso ao prédio antes de entrarem no edifício onde se encontrava Badia.
O site da estação de televisão oficial divulgou imagens captadas imediatamente após a detenção e que mostravam Badia, visivelmente cansado, vestido com uma túnica branca e escoltado pelos agentes da polícia.
A estação oficial informou também que após ter sido divulgada a notícia sobre a prisão de Badia a bolsa egípcia registou uma subida imediata.
De acordo com as normas internas da Irmandade Muçulmana, em caso de ausência, doença ou em qualquer emergência, o número dois da organização substitui o líder e, por isso, Mahumd Ezzat foi nomeado.
Desde quarta-feira, dia em que o Governo lançou a operação de desmantelamento dos acampamentos de protesto no Cairo, a violência no país intensificou-se registando-se pelo menos 800 mortos, segundo as agências de notícias internacionais.
Nos confrontos registados na sexta-feira um dos filhos de Mohamed Badia foi atingido a tiro pela polícia na cabeça vindo a morrer no sábado.