Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia vão reunir-se na quarta-feira, em Bruxelas, para analisar a situação no Egito e adotar uma posição comum, anunciou um porta-voz do serviço diplomático.
Corpo do artigo
A decisão foi anunciada após uma reunião de embaixadores da UE para questões de segurança, em plena crise entre os militares egípcios e os apoiantes do Presidente islamita Mohamed Morsi, afastado do poder pelo exército a 3 de julho.
Os ministros vão analisar as opções possíveis em resposta ao agravamento da crise nos últimos dias, com centenas de mortos, e tendo como objetivo evitar uma guerra civil.
Os presidentes do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, e da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, anunciaram no domingo que caso continue a violência no Egito a UE pode "rever as suas relações" com este país.
Na semana passada, o presidente francês, François Hollande, a chanceler alemã, Angela Merkel, e o primeiro-ministro britânico, David Cameron, mantiveram conversações por telefone e pediram «uma mensagem europeia forte» em resposta à crise no Egito.
Uma das possibilidades é a suspensão da ajuda financeira.
Em novembro passado, a União Europeia (UE) aprovou um programa de ajuda financeira de 5 mil milhões de euros ao Egito para o período 2012-2014.
A Dinamarca já anunciou na semana passada a suspensão da sua ajuda bilateral, equivalente a 4 milhões de euros, e apelou aos parceiros europeus para fazerem o mesmo.
A última reunião de chefes da diplomacia de países da UE remonta a 22 de julho e não estava previsto novo encontro antes de 6 de setembro.