Um banco foi destruído em Gao, Nordeste do Mali, onde a comida começa a faltar, dois dias depois do ataque dos rebeldes tuaregues e de outros grupos armados, que matou pelo menos nove soldados malianos.
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Um deputado de Gao, Abou Cissé, citado pela agência noticiosa francesa, relatou que um banco de Gao «foi dinamitado por homens armados» hoje e que, pelo menos nove militares foram mortos no sábado, quando «diferentes grupos armados tomaram o controlo» da cidade.
Um testemunho ouvido, a coberto do anonimato, pela AFP, contou que a comida começa a escassear em Gao, onde as lojas foram pilhadas.
A rebelião tuaregue e os islamistas partilham o controlo do Norte do Mali, o equivalente a quase metade do território do país.
A sua ofensiva aumentou com o golpe de Estado que derrubou a 22 de março passado o Governo do presidente Amadou Toumani Touré, algumas semanas antes das eleições presidenciais, previstas para 29 de abril.
Na origem do golpe de Estado está o descontentamento dos militares com a falta de meios para combater os rebeldes tuaregues no Norte do Mali.
No domingo, a junta militar que governa o país prometeu o regresso a um poder civil e uma transição com eleições, em data ainda por definir.
Entretanto, o Conselho de Segurança da ONU já anunciou que vai reunir-se na terça-feira para analisar a crise no Mali, reunião a pedido da França onde os 15 países-membros deverão adotar uma declaração sobre a situação naquele país.