O presidente da Rússia telefonou aos dirigentes da Arábia Saudita, Iraque e Irão para explicar o que levou o seu país a vetar a resolução do Conselho de Segurança da ONU sobre a Síria.
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«Durante conversas telefónicas do presidente da Rússia com os dirigentes da Arábia Saudita, do Iraque e do Irão sobre a situação na Síria, Dmitri Medvedev assinalou que a Rússia recorreu ao veto na votação na ONU a fim de evitar que países da região ou de fora dela utilizem o projecto de resolução proposto para a realização do cenário de ingerência externa nos assuntos internos sírios», diz um comunicado da presidência russa.
Medvedev excluiu o apoio a uma intervenção externa e frisou a necessidade do início do diálogo nacional na Síria.
«Quaisquer acções que empurrem para a recusa desse diálogo abrem caminho para a guerra civil e para um maior número de vítimas», acrescentou.
O dirigente russo disse que é preciso utilizar todas as formas bilaterais e internacionais para conseguir a paz e a estabilidade na Rússia.
Entretanto, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia condenou a morte hoje de dois jornalistas estrangeiros na Síria: a norte-americana Marie Colvin, de 56 anos, jornalista do Sunday Times, e o fotógrafo francês Rémi Ochlik.
«Isso provoca em Moscovo uma firme condenação e séria preocupação, porque já não é o primeiro caso de assassinato de correspondentes estrangeiros na Síria», declarou Alexandre Lukachevitch, porta-voz da diplomacia russa.
«Este acontecimento trágico confirma uma vez mais a necessidade do fim rápido da violência por todas as partes do conflito sírio e a sua passagem para a via política com o início do diálogo nacional sem condições prévias», concluiu.