A chanceler alemã e o presidente russo acordaram hoje realizar uma investigação internacional sobre o alegado abate de um avião da Malaysia Airlines no espaço aéreo ucraniano.
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Os dois líderes, que falaram ao telefone, «acordaram que uma comissão internacional e independente, dirigida pela Organização de Aviação Civil das Nações Unidas deve rapidamente ter acesso ao local do acidente para aclarar as circunstâncias do acidente», segundo uma declaração do governo alemão.
As autoridades germânicas afirmaram ainda que «as duas partes sublinharam a importância de uma investigação completa e objetiva de todas as circunstâncias relacionadas com o que aconteceu».
O Boeing 777 da Malaysia Airlines, que fazia a ligação entre Amesterdão e Kuala Lumpur sob o número MH17, caiu quinta-feira na região leste da Ucrânia com 298 pessoas a bordo, depois de, alegadamente, ter sido atingido por um míssil que a comunidade internacional diz ter sido disparado pelos rebeldes pró-russos.
A Rússia exigiu hoje da Ucrânia respostas sobre o abate do avião da Malaysia Airlines, numa zona controlada pelos separatistas ucranianos pró-russos, acusando o Governo de Kiev de ser o responsável.
O "Boeing-777" perdeu na quinta-feira a comunicação com terra na região oriental de Donetsk - perto da cidade de Shaktarsk -, palco de combates entre forças governamentais ucranianas e rebeldes pró-russos, e vitimou todas as 298 pessoas que seguiam a bordo, chocando o mundo e provocando fortes trocas de acusações entre Moscovo e Kiev.
Por seu lado, o Governo ucraniano acusou também hoje os rebeldes pró-russos, suspeitos de terem abatido o avião da companhia da malásia, de «procurarem destruir, com o apoio da Rússia, as provas deste crime internacional».