Milhares de tunisinos, homens, mulheres e crianças, juntaram-se na emblemática avenida Bourguiba, em Tunes, para celebrarem o primeiro aniversário da queda de Ben Ali e reivindicarem o direito ao trabalho e à dignidade.
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Os tunisinos começaram a juntar-se por volta das 07:00 locais (06:00 em Lisboa) e alguns jovens passaram mesmo a noite junto ao teatro municipal, naquela avenida, epicentro da revolta.
"Trabalho, liberdade e dignidade", "O trabalho é um direito" e "Vamos continuar a batalha" eram algumas das frases de ordem que se ouviam em frente ao teatro de Tunes.
O ambiente era, simultaneamente, de festa e de reivindicação.
«Fizemos a revolução contra a ditadura para impor o nosso direito a uma vida digna e não para ajudar certos oportunistas a realizar as suas ambições políticas», disse, indignado, Salem Zitouni, de 33 anos.
Outros, vestidos de vermelho e branco, as cores da bandeira da Tunísia, exigiam o reconhecimento para os "mártires" mortos durante a revolta de dezembro e janeiro.
Segundo a ONU, cerca de 300 tunisinos morreram e 700 ficaram feridos durante a revolta.
O Palácio do Congresso deve realizar hoje uma cerimónia oficial para assinalar o 14 de janeiro de 2011, na qual estarão presentes responsáveis árabes e diplomatas ocidentais.