O ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco, afirmou hoje esperar que a suspensão da cooperação com Timor-Leste na área da Justiça não afete a cooperação técnico-militar e anunciou que vai deslocar-se em visita oficial ainda este mês a Timor.
Corpo do artigo
O ministro confirmou que aceitou um convite do primeiro-ministro de Timor-Leste, que acumula a pasta de ministro da Defesa, Xanana Gusmão, para visitar o país no final de novembro, devendo a viagem realizar-se entre «24 e 28 de novembro».
Ressalvando que as datas ainda não estão definitivamente fixadas, Aguiar-Branco disse que o convite foi feito «com uma antecipação grande» e que a deslocação está prevista «no âmbito da ação externa do Governo» com os países com os quais existe cooperação na área da Defesa, como é o caso também de Angola, Moçambique, Cabo Verde, exemplificou.
Depois da crise político-diplomática entre Portugal e Timor-Leste, o ministro da Defesa José Pedro Aguiar Branco falou esta tarde no Parlamento para garantir que, apesar da «turbulência e flutuações» de relacionamento noutras áreas, a área da Defesa é um pilar fundamental que não deve ser abalado.
No final do debate parlamentar do Orçamento do Estado para 2015 sobre o setor da Defesa, em declarações aos jornalistas, o ministro da Defesa reforçou a ideia de que desejaria que a cooperação técnico-militar se mantivesse e adiantou que até ao momento «não houve nenhuma perturbação». Aguiar-Branco sublinhou que no passado a cooperação técnico-militar se manteve em «níveis de estabilidade» com outros países que «sofreram turbulência nas relações noutras áreas por razões diversas».
Nesta audição parlamentar para apresentação do Orçamento para o próximo ano na área da Defesa, Aguiar Branco anunciou aos deputados que desde que entrou para o Governo já poupou cerca de
1700 milhões de euros na área da Defesa. Por isso, Aguiar Branco afirmou que já fez a «Reforma do Estado na Defesa».