Mobilidade é a palavra de ordem. Comissão Europeia investe 14 milhões de euros em rede universitária
A TSF conversou com o reitor da Universidade do Porto sobre a importância de um investimento que vai mobilizar cerca de 350 mil estudantes por toda a Europa.
Corpo do artigo
A Comissão Europeia vai investir 14,4 milhões de euros na European University Alliance for Global Health (EUGLHO) - Aliança Universitária Europeia para a Saúde Global.
A EUGLHO é uma rede composta por nove universidades europeias: Universidade Paris-Saclay (França), LMU Munique (Alemanha), Universidade de Lund (Suécia), Universidade de Szeged (Hungria), Novi Sad University (Sérvia), University of Alcala (Espanha), Universidade de Hamburgo (Alemanha) e The Artic University in Tromso (Noruega), da qual também faz parte Universidade do Porto.
O objetivo do projeto é promover um ambiente mais internacional e multidisciplinar no ensino superior para o desenvolvimento da carreira dos estudantes entre os países parceiros. Para isso, está prevista a criação de módulos internacionais de formação e investigação. A EUGLOH também quer criar o "European Student Card", um cartão de estudante, para a concretização de "pertença" a este "supercampus" europeu.
TSF\audio\2022\07\noticias\28\reitor_uporto_investimento
À TSF, o reitor da Universidade do Porto explicou a importância deste investimento, onde a mobilidade é a palavra de ordem. "Um aluno que entre na Universidade do Porto passa a ser aluno de uma qualquer outra destas universidades e passa a poder circular livremente entre elas. Mesmo os próprios professores podem dar aulas noutras universidades", explicou António Sousa Pereira.
Está previsto um reconhecimento automático dos créditos dessas cadeiras, numa Europa onde há cada vez mais oportunidades sem "fronteiras". Para o reitor da Universidade do Porto, esta aliança vai "dar aos estudantes uma visão mais cosmopolita e competitiva do mundo".
TSF\audio\2022\07\noticias\28\reitor_uporto_estudantes
"É isso que nós queremos para o país, que os estudantes quando saem da universidade sejam capazes de marcar a diferença e fazer com que o país progrida", acrescentou.
Estima-se que esta parceria envolva cerca de 400 mil pessoas da comunidade escolar, 350 mil estudantes e 50 mil funcionários (professores, investigadores e técnicos) num consórcio além-fronteiras.