Uma coligação de grupos civis norte-americanos vai hoje sair à rua em Washington em defesa do ex-técnico da CIA Edward Snowden e para exigir o fim da «espionagem ilegal» dentro e fora do país.
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Em comunicado, a coligação explica que o objetivo dos protestos é «agradecer» aos países da América Latina que ofereceram asilo político a Edward Snowden e exigir que a Agência de Segurança Nacional dos EUA termine com a «espionagem ilegal» contra norte-americanos e estrangeiros.
«Vamos homenagear os três países latino-americanos por se terem negado a ser intimidados pelos Estados Unidos», refere Media Benjamin, um ativista do movimento CODEPINK, defensor da justiça social, que integra a organização do protesto.
Para esta coligação, Snowden, de 30 anos, divulgou informações de «enorme interesse público», mas, em vez de responder a estas preocupações, o «Governo norte-americano está mais decidido em perseguir Snowden».
Michael Bochenek, quadro da Amnistia Internacional, classificou de «deplorável» o facto de os Estados Unidos «tentarem pressionar os governos para bloquearem os esforços de Snowden de conseguir asilo».
Bochenek defende que Snowden tem o «direito irrefutável, consagrado no direito internacional, de pedir asilo».
Os ativistas vão concentrar-se nas ruas de Washington cerca das 14:00 (hora de Lisboa) e a marcha vai passar pelas embaixadas da Bolívia, Nicarágua e Venezuela, seguindo depois para a sede do Departamento de Justiça norte-americano para protestar contra a «campanha de perseguição» contra Snowden e exigir o fim da espionagem.
Snowden é acusado de violar a lei de espionagem norte-americana e permanece no aeroporto de Moscovo desde 23 de junho.
Depois das revelações deste ex-técnico da CIA, vários governos pediram explicações aos EUA sobre a alegada rede global de espionagem.