"Não há contradição em expressar solidariedade com Israel e defender ajuda humanitária em Gaza"
Von der Leyen entende que qualquer reflexão sobre a situação atual deve ter presente os acontecimentos de 7 de outubro.
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A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, considera que "não há contradição" entre expressar solidariedade com Israel e defender a ajuda humanitária ao povo palestiniano.
Questionada em Bruxelas, no final do primeiro dia da cimeira europeia, sobre a razão pela qual a Comissão Europeia não assume uma posição mais firme perante a degradação da situação humanitária em Gaza, Ursula von der Leyen afirma que ouvir para ser ouvido é a fórmula para conseguir influenciar os acontecimentos.
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"É importante que reconheçamos a dor e o sofrimento do povo israelita e das famílias que perderam familiares ou cujos familiares são reféns, se quisermos falar com Israel e influenciar Israel e, por isso, é muito importante que primeiro ouçamos se quisermos ser ouvidos."
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, entende que qualquer reflexão sobre a situação atual deve ter presente os acontecimentos de 7 de outubro, quando "tudo começou com um ataque horrendo, pelos terroristas do Hamas, sobre o povo de Israel".
"Foi importante e muito positivo o facto de tantos líderes se terem deslocado a Israel para ouvir Israel, mas também para falar muito claramente sobre a necessidade de exercer o direito de autodefesa e de o fazer em conformidade com o direito internacional", lembrou Ursula von der Leyen, considerando que se trata de uma posição isenta de contradições.
"Os dirigentes salientaram que o cerco [à Faixa de Gaza] tem de acabar e que é da maior importância que o povo palestiniano, os reféns e todos os que se encontram em Gaza tenham acesso a ajuda humanitária", frisou a chefe do executivo comunitário, considerando que "não existe qualquer contradição entre mostrar solidariedade para com Israel e, obviamente, atuar de acordo com a necessidade de ajuda humanitária para o povo de Gaza".