O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, propôs durante o discurso nas Nações Unidas um encontro com os palestinianos, esta sexta-feira, na sede da ONU.
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«Estamos a milhares de quilómetros das nossas casas, estamos no mesmo edifício. O que nos impede de nos reunirmos hoje e começarmos a negociar? Vamos directamente» para a negociação, sugeriu durante a sua alocução perante a Assembleia Geral das Nações Unidas.
No início da intervenção, que ocorreu pouco depois do discurso do presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, o dirigente israelita garantiu que, «desde a sua fundação, Israel pretende viver em paz» e disse pretender «estender a mão da paz» aos seus vizinhos.
No entanto, o primeiro-ministro israelita censurou os palestinianos por «se recusarem a negociar» e considerou que «a base do conflito» reside na «recusa dos palestinianos em reconhecer o Estado judeu».
Mahmud Abbas confirmara pouco antes, perante a assembleia multilateral, a entrega ao secretário-geral Ban Ki-moon de um pedido de adesão plena de um Estado da Palestina às Nações Unidas com base nas fronteiras de 4 de Junho de 1967.
No seu discurso, Abbas proferiu palavras emotivas, muitas vezes interrompidas por palmas, e enumerou várias violações que considera que Israel cometeu.
Contudo, os Estados Unidos vetaram a pretensão palestiniana e apelaram a negociações directas entre palestinianos e israelitas.
O pedido da Palestina será debatido segunda-feira no Conselho de Segurança.
Pedro Passos Coelho reuniu, esta sexta-feira, com Abbas e sugeriu-lhe em alternativa uma espécie de estatuto melhorado para a Palestina no âmbito das Nações Unidas.
O primeiro-ministro de Portugal, que é nesta altura membro do Conselho de Segurança, considera que seria de evitar uma solução forçada no âmbito daquele órgão.