O presidente da Venezuela acusou os Estados Unidos e a Europa de procurarem «uma grande guerra» na Síria como um recurso para sair da crise financeira e social que os afeta.
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«A elite norte-americana chegou à conclusão que para sair da grande crise económica e social que têm nos Estados Unidos e na Europa necessitam de uma grande guerra e, por isso, querem impor a guerra na Síria», disse.
Para o chefe de Estado venezuelano, o seu homólogo norte-americano, Barack Obama, «está entalado» numa política de guerra porque «querem impor ao mundo o Pentágono».
Por outro lado, explicou, um eventual ataque estrangeiro à Síria seria uma «loucura» e provocaria um conflito bélico «incalculável» porque (a Síria) é um país histórico, com um poder militar muito grande e conta com grandes amigos que sairiam a defender a independência da nação.
«A Síria tomariam o poder os grupos terroristas e que o saiba a Europa, que o saiba o presidente (François) Hollande, que o saiba a França: toda a Europa seria 'infetada' pelo terrorismo, porque é o extremismo ao extremo», disse.
Na sexta-feira os países da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América - Tratado de Comércio dos Povos (Alba-TCP), emitiram uma declaração conjunta condenando qualquer tentativa de intervenção militar estrangeira na Síria.
O documento difundido em Caracas e assinado por representantes do Equador, Bolívia, Nicarágua, Dominica, Antígua e Barbuda, San Vicent, Granadinas, Cuba e Venezuela, sublinha que uma guerra poderia ter «consequências catastróficas» para o Médio Oriente e para a segurança internacional.
«As ameaças dos governos dos Estados Unidos e seus aliados contra a Síria repetem o mesmo padrão de mentiras e manipulações usado contra a Líbia, Iraque e Egito, entre outras nações, e que visa apenas o controlo da riqueza petrolífera da região e a expansão dos mercados ocidentais», salienta o documento.