A nova Constituição de Marrocos foi aprovada com 98,49 por cento dos votos no referendo que esta sexta-feira levou a população às urnas, anunciou o ministro do Interior em conferência de imprensa.
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Dados ainda provisórios apresentados pelo governo cerca da meia-noite, visto ainda faltarem as contagens dos votos dos cidadãos no estrangeiro, com 94 por cento das mesas apuradas no território nacional, apontam para uma participação de 72,65 por cento.
A nova Constituição vai significar um aumento dos poderes do primeiro-ministro, uma expansão da influência do parlamento, a consagração da separação de poderes, bem como o reconhecimento do Amazigh como segunda língua oficial.
Houve 76.917 votos anulados, o que representa 0,83 por cento do total de 9.228.020 boletins colocados nas urnas no período entre as 08:00 horas e as 19:00 horas de sexta-feira.
O 'não' obteve 1,51 por cento e o universo total de eleitores recenseados foi de 13.106.948, segundo dados do Ministério marroquino do Interior.
Cerca de 44 mil mesas de voto foram abertas por todo o país, de modo a levar à consulta popular a decisão sobre a adopção de um novo texto constitucional, proposto pelo rei Mohammed VI, num processo iniciado a 9 de Março, que se seguiu a manifestações levadas a cabo pelo movimento apelidado de 20 de Fevereiro.
O referendo decorreu sob «condições normais», disse o governador-director de eleições do Ministério do Interior, citado pela agência oficial.
A agência MAP indicou, também, que foram acreditados 536 jornalistas para a cobertura do ato eleitoral, 169 dos quais estrangeiros.