Nove guerrilheiros mortos por Exército colombiano perto da fronteira com Venezuela

Flavia Carpio/Unsplash
O Presidente colombiano, Gustavo Petro, está a intensificar os ataques contra grupos armados envolvidos no tráfico de cocaína, numa altura em que os Estados Unidos destacaram tropas para as águas das Caraíbas com o objetivo de acabar com o narcotráfico, segundo justificação de Washington
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Nove guerrilheiros foram mortos na sequência de um bombardeamento do Exército colombiano perto da fronteira com a Venezuela, disse na sexta-feira fonte do Ministério da Defesa à agência de notícias France-Presse (AFP).
O ataque aéreo, que ocorreu no departamento de Arauca (nordeste), segue-se a um outro realizado no sudeste do país esta semana, que matou 19 membros de uma guerrilha.
O Presidente colombiano, Gustavo Petro, está a intensificar os ataques contra grupos armados envolvidos no tráfico de cocaína, numa altura em que os Estados Unidos destacaram tropas para as águas das Caraíbas com o objetivo de acabar com o narcotráfico, segundo justificação de Washington.
Os dois grupos rebeldes visados pelas Forças Armadas são liderados por Iván Mordisco, pseudónimo do criminoso mais procurado do país, ex-membro das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), que rejeitou o acordo de paz de 2016 com Bogotá e o desarmamento previsto.
De acordo com a imprensa local, está em curso uma investigação para determinar se Antonio Medina, alto responsável rebelde na origem de um conflito sangrento entre os ex-FARC e a guerrilha do Exército de Libertação Nacional (ELN), está entre as vítimas em Arauca.
Os Estados Unidos impuseram recentemente sanções contra Gustavo Petro e retiraram à Colômbia o estatuto de país aliado na luta contra o narcotráfico, considerando que o Governo de esquerda não estava a fazer o suficiente para conter a produção de cocaína.
O Presidente colombiano garante que as forças de ordem utilizam todos os meios possíveis para combater os grupos armados e criticou os Estados Unidos, que considera responsáveis por não porem fim ao consumo de drogas.
No entanto, especialistas salientam que os grupos criminosos saíram fortalecidos com a política de Gustavo Petro, que visa negociar o desarmamento destes.
O chefe de Estado colombiano propôs a paz a Ivan Mordisco, que se retirou das negociações.
