O presidente dos EUA falou ao telefone, nas últimas horas, com Mohamed Morsi, depois do ultimato do exército egípcio e após a demissão de vários membros do governo.
Corpo do artigo
Numa altura em que a oposição egípcia estabelece o tempo de saída de Mohamed Morsi do poder,Barack Obama pediu ao presidente do Egito que compreenda os protestos nas ruas e dê sinais dessa compreensão.
Obama, que está de visita à Tanzânia, disse esta manhã que continua empenhado no apoio à democracia egípcia. Uma democracia, acrescentou o presidente dos Estados Unidos, que não pode ser dominada por um partido ou um grupo.
No Egito, depois das manifestações contra o presidente que levaram milhões de pessoas às ruas, vários ministros já apresentaram o pedido de demissão.
[youtube:JA4FVChZUds]
A última baixa aconteceu no ministério dos negócios estrangeiros, uma informação avançada pela agência oficial egípcia Mena.
As últimas horas têm sido marcadas pela escalada do clima de tensão. A praça Tahrir foi novamente palco de manifestações e na cidade de Suez, na segunda-feira, apoiantes e opositores do presidente envolveram-se em tiroteios. Não há registo de quaisquer vítimas.
Os militares do país avançaram também com um ultimato de 48 horas, onde avisam que vão intervir se as exigências do povo não forem atendidas.
[youtube:1vINCeFW-no]
O ultimato já foi, entretanto, rejeitado pela presidência que disse que irá continuar o plano de reconciliação nacional. Em comunicado, a presidência salienta que irá recusar «qualquer declaração que ameace a paz social» no país.
Desde domigo pelo menos 16 pessoas morreram em confrontos entre opositores e apoiantes de Mohamed Morsi.