O Observatório Sírio dos Direitos Humanos recebeu informações dos médicos em Homs, que dizem não ter sangue para tratar os 950 feridos dos ataques nesta cidade síria.
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O coordenador em Londres do Observatório Sírio dos Direitos Humanos classificou de «muito terrível e brutal» o ataque que está a decorrer em Homs e que já provocou pelo menos 285 mortos e mais de 900 feridos.
Em declarações à TSF, Moussab Azzaoui diz ter falado com os médicos locais que «estavam a chorar porque não têm sangue».
«Disseram, por favor, passa a mensagem: 'não conseguimos ajudar estas pessoas. Não temos sangue. Temos 950 feridos e eles estão a morrer nas nossas mãos, por isso acreditamos que o número de mortos não vai ficar nos 285. Vai aumentar de forma dramática'», adiantou.
Para Azzaoui, a ONU não pode ficar de braços cruzados perante esta situação, muito embora não esteja optimista perante a possibilidade de aprovação de uma resolução sobre a Síria nas Nações Unidas.
«Eles têm de aprovar a resolução ou levarão o país para uma guerra civil. Se isso acontecer, todos na comunidade internacional pagarão o preço, porque uma guerra civil na Síria não se vai limitar às fronteiras sírias», explicou.
Neste caso, acrescentou este responsável, que acredita que ainda não é tarde para agir, «o preço do petróleo vai subir para os 400 dólares, por isso aconselho-os a reagir agora e a pôr as coisas de volta ao normal».