A alta comissária da ONU para os direitos humanos denuncia a «brutalidade» das repressões das contestações populares na Síria e na Líbia, considerando-as «chocantes».
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Navi Pillay, que intervinha esta segunda-feira na abertura da 17ª sessão do Conselho dos direitos humanos, afirmou que «a brutalidade e a amplitude das medidas tomadas pelos governos na Líbia e agora na Síria foram particularmente chocantes no absoluto desprezo pelos direitos humanos fundamentais».
A mesma responsável pediu de novo a Damasco para deixar entrar em território sírio uma missão da ONU de investigação às violações dos direitos humanos.
Esta investigação foi pedida pelo Conselho, composto por 47 Estados-membros, a 29 de Abril durante uma sessão extraordinária sobre a Síria.
Confrontado com um movimento de contestação sem precedentes, o regime de Bachar al-Assad enviou nas últimas semanas o exército para diferentes cidades, nomeadamente para Tall Kalakh (150 quilómetros a noroeste de Damasco), Homs (centro), Banias (noroeste) et Deraa (sul), locais da revolta.
No domingo, sete civis, incluindo uma jovem, foram mortos e uma centena de outros ficaram feridos por tiros das forças de segurança na região de Homs.