A alta comissária da ONU, Navi Pillay, afirmou hoje que há indícios de crimes contra a humanidade no massacre cometido na localidade síria, do qual resultaram mais de 100 mortos.
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Um discurso de Pillay, lido pela porta-voz Márcia Kran, abriu a sessão especial da Conselho dos Direitos Humanos sobre o massacre de Houla, para abertura de uma investigação.
Segundo a ONU, há sérias suspeitas de que em Houla famílias inteiras foram executadas de maneira sumária, incluindo mulheres e crianças.
No discurso, Pillay referiu a existência de «informações que sugerem que as milícias pró-governamentais entraram em povoações e que podiam ser responsável por dezenas de assassínios».
Na quarta sessão especial do Conselho sobre a Síria desde abril de 2011, Pillay reiterou o apelo à comunidade internacional para apoiar o plano Annan e investigar as violações na Síria para evitar um «conflito geral» no país.
Pillay também reiterou o apelo ao regime do presidente sírio para que «assuma a responsabilidade de proteger a população civil».
As pessoas que «ordenem ou ajudem em ataques contra civis ou que nada façam para os deter são responsáveis criminalmente de maneira individual», referiu ainda Pillay.