O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, advertiu hoje para uma possível «catastrófica guerra civil» na Síria depois do massacre de mais de 100 civis na cidade de Houla.
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«Os massacres do tipo do último fim de semana podiam mergulhar a Síria numa catastrófica guerra civil, a guerra civil da qual o país nunca se recomporia», afirmou Ban Ki-moon num discurso num fórum de parceiros da Aliança de Civilizações, apadrinhado pelas Nações Unidas.
O líder da ONU também exortou a Síria a aplicar o plano do mediador da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan, para parar a violência no país depois do massacre de Houla.
«Peço para que a administração síria honre o seu compromisso de aplicar o plano de paz Annan», instaurado a 12 de abril, mas sistematicamente violado, afirmou.
Annan que se encontrou na terça-feira com o presidente sírio, Bashar al-Assad, pediu-lhe para «tomar medidas corajosas agora» para pôr fim às violências, evocando um «momento charneira» depois do massacre de Houla, no centro do país, na sexta-feira e do qual resultaram mais de cem mortos.
Ban Ki-moon estimou que os cerca de 300 observadores da ONU destacados na Síria eram «os olhos e os ouvidos» da comunidade internacional para que «autores dos crimes possam prestar contas».
«Nós não estamos lá (na Síria) para assumir o papel de um observador passivo perante atrocidades sem nome», adiantou o chefe da ONU.
Recorde-se que o regime de Damasco negou qualquer implicação no massacre de Houla.