As Nações Unidas dizem que são provas suficientemente seguras, mas os peritos não conseguem determinar qual dos lados do conflito recorreu a este tipo de armamento.
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Pelo menos em quatro ataques foram usadas armas químicas. Os investigadores da ONU chegaram a esta conclusão depois de ouvirem vitimas, médicos, refugiados e testemunhas, mas não conseguem dizer de quem partiram os ataques.
Também não foi possível perceber que tipo de químicos nem que sistema foi usado e, por isso, pedem à Siria que autorize a entrada de peritos internacionais no país.
Seja como for, o coordenador do inquérito das Nações Unidas admite que há indícios da utilização de uma quantidade limitada de químicos tóxicos.
Os ataques terão acontecido em março e abril, mas a equipa de investigadores da ONU está no terreno desde janeiro. Entrevistou mais de 400 pessoas e alerta que os crimes contra a humanidade são uma realidade diária na Síria.
Para além dos ataques químicos, a ONU fala em massacres e torturas.
Carla Ponte, uma das investigadoras, confessa mesmo que ficou surpreendida pela violência e crueldade dos crimes e até perturbada pela utilização de crianças nos combates.
Desde o início da crise, foram mortas 86 crianças-soldado, a maioria desde janeiro.
A onda de violência na Siria começou há mais de dois anos e já fez milhares de vitimas e refugiados.